Este livro configura-se como um guia destinado a orientar o trabalho académico de estudantes que iniciam um curso universitário. A 2.ª ediÛçÛão, agora disponível, foi aumentada com mais conteúdos e perspetivas, alargando a análise que vinha do trabalho da ediÛçÛão anterior. Frequentar um curso superior na área das Humanidades pressupÛõe ter uma visÛão global da natureza do conhecimento produzido nessa vasta área e conhecer, de forma particular, o processo de construÛçÛão do conhecimento num campo específico, no caso vertente o da História. Ultrapassada a fase da apreensÛão dos conhecimentos produzidos por outros, chegou agora o tempo de entrar na oficina do historiador, e procurar conhecer quem sÛão os artífices da ciÛªncia histórica, como a concebem, que ferramentas conceptuais, metodológicas e teóricas utilizam, em que campos trabalham. Apresentam-se ainda algumas respostas para a pergunta: Porque é que importa pensar historicamente os problemas do nosso tempo? Índice INTRODUÛáÛÉO 1. HISTÓRIA: o conceito 2. NoÛçÛões Básicas De Epistemologia Histórica 2.1. Discursos sobre a natureza do conhecimento histórico 2.1.1. O paradigma positivista 2.1.2. Paradigmas anti-positivistas 2.1.2.1. Discursos da Escola Francesa 2.1.2.2. O discurso presentista 2.1.3. Os discursos pós-modernos: o tempo das incertezas 2.1.4. Entre a objetividade ingénua do positivismo e o subjetivismo das conceÛçÛões pós-modernas 3. A História , as ci Ûªncias sociais e as humanidades 4. O OFÍCIO DE HISTORIADOR 4.1. Marcos da construÛçÛão do ofício do historiador 4.1.1. Os séculos xvii e xviii: o lanÛçamento das bases de uma investigaÛçÛão cientificamente conduzida 4.1.2. A escola metódica 4.1.3. ProblematizaÛçÛão e teorizaÛçÛão: precursores 4.1.4. O processo de renovaÛçÛão da História na primeira metade do século xx: a escola dos Annales 4.1.5. Por uma História Nova 4.1.5.1. Uma redefiniÛçÛão do objeto da História: o homem todo e todos os homens 4.1.5.2. No início: a definiÛçÛão de problemas e a formulaÛçÛão de hipóteses 4.1.5.3. O alargamento do conceito de fonte 4.1.6. Factos de repetiÛçÛão e metodologia serial/quantitativa 4.1.7. A metodologia comparativa 4.1.8. Uma nova conceÛçÛão de tempo histórico 4.1.9. A elaboraÛçÛão de modelos explicativos 4.1.10. Prosopografia e estudos de redes sociais 4.1.11. A micro-história 4.1.12. Uma História à escala global. As connected histories 5. TENDÛNCIAS HISTORIOGRÁFICAS (1900-1970) 5.1. História económica 5.2. Demografia histórica 5.3. História social 5.4. As monografias regionais 5.5. As primeiras sínteses 6. OS ANOS SETENTA: balanÛços e abertura de novos campos 6.1. A história das mentalidades 6.2. Uma nova história social 6.3. História das mulheres 6.4. A nova história política 6.5. História da cultura 7. AS INCERTEZAS NO CAMPO DA HISTÓRIA NA VIRAGEM DO SÉCULO XX 7.1. A história da historiografia 8. RUMOS DA PESQUISA HISTORIOGRÁFICA ACTUAL 8.1. História Ecológica ou do Meio Ambiente 8.2. A História dos poderes, das múltiplas formas de domínio e de governaÛçÛão 8.3. A história das vivÛªncias religiosas e das religiÛões 8.4. A história da ciÛªncia 9. USOS e ABUSOS Da HISTÓRIA: a construÛçÛão ideológica da memória e das identidades 9.1. História e Ideologia no Estado Novo 9.2. ComemoraÛçÛões e construÛçÛão da memória histórica 9.3. A história contada às crianÛças 10. PENSAR HISTORICAMENTE: a consciÛªncia crítica do tempo EM JEITO DE CONCLUSÛÉO MANIFESTO HISTORIA A DEBATE BIBLIOGRAFIA: Epistemologia e problematizaÛçÛão; Fontes, Metodologia e Teoria; Historiografia.